'Resident Evil: Revelations' tem limitações nos videogames

Cena de "Resident Evil: Revelations" para os videogames e PC (Foto: Divulgação/Capcom)

É natural ver jogos criados para consoles de mesa ou computadores ganharem versões adaptadas para os videogames portáteis e smartphones. O caminho contrário, por outro lado, é um pouco mais raro de acontecer. Originalmente produzido para o Nintendo 3DS, “Resident Evil: Revelations” navega contra a maré e chega aos PCs, PlayStation 3, Wii U e Xbox 360 em 21 de maio de 2013, pouco mais de um ano após ter sido lançado.

O G1 jogou uma versão de teste do game de terror da Capcom no PlayStation 3 e mostra agora suas primeiras impressões.

A grande questão aqui é como fazer para levar aos videogames de mesa, tecnologicamente mais modernos, um produto que foi propositadamente reduzido para caber no bolso; é como adaptar as qualidades e o ritmo de jogo dos portáteis aos de uma partida em um console. Por isso, logo se vê que o "novo" "Revelations" trabalha na readaptação de uma adaptação.
Nos consoles, jogo ganha visual refinado, mas
esquema de jogo é igual ao do portátil
(Foto: Divulgação/Capcom)

Antes e depois
Apesar de ter sido bastante aclamado por apresentar recursos visuais de alto nível (para um console portátil) e situações análogas às dos games clássicos da série – como ambientes fechados e escuros, propícios a situações de medo – "Revelations" não é um jogo inédito, e a Capcom incluiu algumas novidades para atrair os fãs da franquia.

A primeira delas é a remasterização do game em alta definição. Não há dúvidas de que "Revelations" pegou de surpresa muita gente que desacreditava do potencial gráfico do 3DS. Já desta vez, o aspecto visual não decepciona, mas a primeira impressão está longe de ser tão impactante quanto no portátil.

Isso porque a mudança de plataformas torna inevitável a até então descabida comparação de com jogos como "Resident Evil 5" ou "Resident Evil 6", feitos originalmente em alta definição e com capacidades gráficas inexistentes no 3DS. Logo, as texturas dos cenários e dos personagens melhoram em relação à versão portátil, com maior riqueza de detalhes e nitidez, mas apenas atendem a qualidade padrão esperada de jogos em HD.

Mesmo assim, há de se afirmar que muitos não diriam que o "Revelations" em alta definição é uma conversão de um título feito para o 3DS, e grande parte desse mérito é fruto do ótimo trabalho que a Capcom fez na versão original. Vale notar que as cenas de corte na edição em HD superam muitas outras feitas em jogos de Xbox 360 e PlayStation 3.
Cena de "Resident Evil: Revelations", que traz novos modos de jogo para os consoles e PC (Foto: Divulgação/Capcom)

Outra vantagem do "novo" "Revelations" é o seu lançamento pós-"Resident Evil 6", título que pela primeira vez na série atendeu aos pedidos dos fãs e adicionou a possibilidade do jogador atirar com sua arma enquanto caminha pelos cenários. Esse esquema de controles está presente na nova versão e torna tudo mais familiar para os acostumados com as duas alavancas dos joysticks atuais. Contudo, o esquema "tanque", tradicional dos primeiros jogos da série, também é uma opção para os mais nostálgicos.

Após se adaptar à movimentação dos personagens, rapidamente percebe-se como tudo fica mais acessível em "Revelations" ao se usar um controle com mais recursos. Cada ação fica atrelada a um único botão: um para recarregar a arma, outro para curar, outro para usar a faca – talvez os títulos "oficiais" da franquia possam até aprender uma coisa ou outra com a simplicidade de "Resident Evil: Revelations".
Cena de "Resident Evil: Revelations" para os
videogames e PC (Foto: Divulgação/Capcom)

Maximizando o jogo portátil
Porém, com pouco tempo de jogo, essas "melhorias" acabam se tornando cúmplice de uma ação simplificada demais.

"Resident Evil: Revelations" é um jogo que se comporta extremamente bem no 3DS porque apresenta os elementos característicos da série em versão reduzida, que não exige atenção demasiada do jogador, própria para ser jogada no ônibus ou na sala de espera de um consultório.

Por conta dessas medidas – que visam adaptar "Resident Evil" ao ritmo de um dispositivo portátil – ao parar suas atividades para jogar "Revelations" em um console de mesa tudo parece muito estático, fácil e até monótono em certos momentos. Os mapas são bem planejados, mas menores; os inimigos têm padrões de ataques já vistos em outros "Resident Evil", mas são menos resistentes e aparecem em menor quantidade; e por aí vai.

O game de 3DS, por exemplo, introduziu uma nova forma de curar seus personagens. Você usa um aparelho para escanear inimigos (vivos ou mortos) e, após fazer isso um dado número de vezes, ganha um item que cura o seu personagem. Essa mecânica de jogo faz sentido no portátil, onde se tem menos tempo e espaço para combinar ervas, acessar inventórios de itens, etc., mas acaba nivelando por baixo a complexidade das partidas no PlayStation 3 e no Xbox 360.

Ciente disso, a Capcom introduziu na nova versão de "Revelations" o modo "Infernal", que, como o próprio nome diz, apresenta um nível de dificuldade bastante elevado. A quantidade de inimigos na tela triplica, bem como o tempo que eles levam para serem derrotados. Dessa maneira, "Revelations" é um jogo simples demais em sua primeira visita, mas meticuloso em excesso quando jogado diretamente no modo mais difícil.
Cena de "Resident Evil: Revelations" para os videogames e PC (Foto: Divulgação/Capcom)

A Capcom também incluiu oficialmente o modo "Raid", onde você e mais um parceiro percorrem on-line os cenários da campanha de "Revelations" derrotando os inimigos do game em variadas formas – um mais baixo e rápido, outro maior e mais forte.

Esse modo de jogo também conta com um sistema de experiência: quanto mais você joga, mais pontos ganha, e, com isso, consegue enfrentar à altura os adversários mais fortes. Com o dinheiro arrecadado após completar as missões de um jogador e os raides, você também pode comprar novas armas, personalizações, etc. No "Raid", é possível ainda usar personagens que não podem ser controláveis na campanha do jogo.

A revelação
No fim das contas, "Resident Evil: Revelations" é um ótimo exemplo de como plataformas diferentes definem experiências distintas. No 3DS, tudo é impressionante porque aquele é um jogo para um console portátil com cara de gente grande. No PlayStation 3 (versão testada), os gráficos não deixam a desejar no salto tecnológico, apesar de mais limitados quando comparados a "RE5" ou "RE6", mas bate uma sensação de vazio em certos momentos, como se aquele não fosse o lugar certo para ele existir.

Entretanto, por um terceiro aspecto, o "Revelations" original proporcionou momentos excelentes e genuinamente dignos dos melhores momentos da série "Resident Evil". Resta saber se em sua nova casa essas sensações serão tão relevantes quanto antes.
Game traz monstros perigosos e bizarros para o jogador derrotar (Foto: Divulgação/Capcom)

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